sábado, 29 de agosto de 2009

Meu nome é MULHER!





Eu era a Eva
criada para a felicidade de Adão.
Mais tarde fui Maria
dando à luz aquele Que traria a salvação.
Mas isso não bastaria
para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
a mulher de verdade.
Para a sociedade
não tinha a menor vaidade
mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
sou pai, mãe, arrimo de família,
sou caminhoneira, taxista,
piloto de avião, policial feminina,
operária em construção...
Ao mundo peço licença
para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!

(autor desconhecido)

sábado, 22 de agosto de 2009



O que me compõe é tudo o que minha alma já viveu.
É tudo o que meu corpo já sentiu.
É o que eu me lembro, sonho, sinto:
Amores, dores...
Medos, vícios.
É o que eu crio para mim
E o que eu tiro... Desmorono...
E o que fica é só o verdadeiro:
Componho-me.
O que me habita é tudo o que eu consinto.
Tudo que é intrínseco, eu convivo.
Todos os “eus” me habitam
E todos eles gritam...
Fugas, fogueiras, fuzuês...
Habitam-me todos os sexos...
Crenças, cores, quereres...
E eu não fujo:
Habito-me.
O que eu conheço é o que eu busco
E eu busco só o total...
O que toca fundo, o que tem sentido.
Meio termo, meio passo, meio vivo;
O meio me faz mal.
Quem não se conhece aceita qualquer coisa...
Não conheço o caminho,...
Mas hei de seguir...
Não sei do mundo, mas sei de mim:
Conheço-me.
O que eu permito é tudo que me eleva
Se não engrandece, não me acrescenta: desce!
A luz e a sombra me somam, me mostram, me são.
Sou o doce e o veneno, não há o que escolher...
Verso e inverso, yin-yang, eu me completo.
Não me tiro:Permito-me.
Tudo que minha alma já viveu me compõe
E o que me compõe habita em mim
E o que habita em mim, eu conheço
E o que eu conheço eu permito
E o que eu permito, é.
Eu Sou.
Permito-me

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vida, Louca Vida

Poxa vida, quanto tempo que não escrevo algumas palavras aqui.
È que minha vida anda tão corrida, foi organização da minha festa de aniversário, início do ensaio da próxima peça, oficinas com Circo Teatro Udi Grudi (DF), Grupo XIX de Teatro (SP), Grupo Teatro da Vertigem(SP), visita de Paulinha, Chris, Gaby... afff.
Logo logo voltarei com a corda toda, me aguardem.
Até mais.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inferno Astral



O aniversário nada mais é do que o marco de um novo ciclo solar na vida de uma pessoa, ou seja, o Sol passa pelo mesmo ponto do Zodíaco que estava quando ela nasceu, sinalizando uma nova etapa para a sua consciência.
O período conhecido popularmente como "Inferno Astral" são os trinta dias temidos antes da inauguração de uma nova idade.
Os dias que antecedem esta renovação são exatamente os últimos do ciclo anterior que a consciência vinha atravessando. É no final do ciclo que se esgotam as possibilidades de expressão existentes no seu início e manifestam-se os resíduos responsáveis por sua dissolução. Em suma, o tempo que antecede imediatamente o final de qualquer ciclo caracteriza-se pela desordem e pela inversão dos valores admitidos no seu início.
O "Inferno Astral" só acontece quando não percebemos que precisamos sair do palco para contemplar mais o mundo e nos desapegarmos, em benefício daqueles que precisam de uma ajuda emocional ou prática.
É um período de ser instrumento para o bem dos outros e não estar tão preocupado com causas próprias. Como isto geralmente não acontece, vem a angústia, o vazio e a sensação de desorientação.

sábado, 13 de junho de 2009

Simplesmente Mulher

composição: Silvia Machete

Tantas, sou só uma e sou tantas
Sou devassa e sou santa
Recatada e vulgar

Louca,tão centrada e tão louca
Degustando em tua boca
As delícias de amar

Me respeita e me abusa
Me ame como quiser
Simples demais ou confusa

Sou simplesmente mulher

http://www.youtube.com/watch?v=lhqUVu_mA6E

terça-feira, 2 de junho de 2009

Elas cantam Roberto

No último Domingo um fenômeno extraordinário aconteceu. Meu riso constante saiu de cena e deu lugar às lágrimas.
O especial "Elas cantam Roberto" conseguiu me deixar incomensuravelmente emocionada.
As músicas do Rei serão sempre eternas. Ele consegue falar de amor como poucos, amor amante, amor fraterno, amor celeste...
E as divas? Simplesmente maravilhosas, cantando todas as músicas com muita emoção e de maneira belíssima.
Mas, não posso deixar de dizer que o ápice de minha emoção deu-se na magnífica interpretação de "120, 150, 200 km por hora" por Marília Pera, uma das maiores divas de nosso teatro, televisão e cinema brasileiro.
Parabéns a nós brasileiros que temos a sorte de poder comemorar os 50 anos de carreira do nosso Rei Roberto Carlos.

Se chorei ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi...


http://www.youtube.com/watch?v=Hz63oGlZ_Qw

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Soletrando

Faz muito tempo que frequento um salão de beleza e por causa da fidelidade acabei ganhando um pacote de tratamento facial que tinha incluso uma esfoliação. Para minha surpresa fiquei sabendo que isto não passava de uma pegadinha. Já sei, não entenderam nada não é? Vou explicar.Estava assistindo ao quadro Soletrando do programa Caldeirão do Huck e descobri que o pessoal queria cuidar da aparência de minha plantinha de estimação e não da minha. Não entendeu de novo? Vamos lá! No quadro foi dito que esfoliação siginifica separar em folhas. Como não tenho folhas logo percebi que caí no conto da esfoliação/exfoliação.




Esta foi apenas uma brincadeira para refletirmos um pouco sobre: "... a televisão me deixou burro, muito burro, demais (Titãs)".

A quem possa interessar:
- esfoliação: separar a casca de plantas por lâminas ou folhas
- exfoliação: desprendimento da pele sob a forma de escamas

http://tvglobo.caldeiraodohuck.globo.com/dicas-do-professor-2009/2009/05/23/soletrando-esclarece/

sábado, 23 de maio de 2009

Balada para um louco (Viva os loucos que inventaram o Amor)


Num dia desses ou, numa noite dessas
você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente,
por detrás de uma árvore, apareço eu!!!

Mescla rara de penúltimo mendigo
e primeiro astronauta a pôr os pés em vênus.
Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé,
as flôres da camisa desenhadas na própria pele
e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

Ah! ah! ah!

Você ri... você ri porquê só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
o semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro,
vem, vem, vamos passear. E assim meio dançando, quase voando
eu te ofereço uma bandeirinha e te digo:

Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
bailando ao meu redor, te chama: vem voar.

Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
...talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
e com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco, louco, louco!
Como um acróbata demente saltarei dentro do abismo do teu beijo
até sentir que enlouqueci teu coração, e de tão livre, chorarei.

Vem voar comigo querida minha,
entra na minha ilusão super-esporte,
vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.

Ah! Ah! Ah!

Do Vietnã nos aplaudem: Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança repetem a ciranda que eu já esqueci...
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.

Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar,
numa corrida louca o instante que passou,
em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ah! Ah! Ah! Ah!...

Viva! viva os loucos!!!
Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva! ...

(Moacir Franco)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por que o teatro?


Em 07 de abril comecei um novo curso de teatro e a primeira tarefa pedida foi responder, no mímo em 10 linhas, a pergunta "Por que o teatro?".

Quando eu tinha seis anos de idade participei do grupo de teatro de minha tia Yara, fazia parte do coro na peça “Os Saltimbancos”.
Foram quase quatro anos de palco, todos os Sábados e Domingos.
Esse foi meu primeiro contato com com o teatro, em cima do palco, sob as luzes da ribalta.
Com isso descobri o quanto gosto de me exibir, de saber que as pessoas estão me observando... me olhando.
Adoro poder ser várias pessoas/persona, tentando convencer o público disso.
Soma-se a tudo isto o grande desafio em lidar com nossas melhores, e piores, emoções e com aquelas pelas quais nem passamos.
Por fim, ainda existe a grande emoção de ver as cortinas se abrindo nos mostrando para nossa platéia.

sábado, 16 de maio de 2009

Bagunça de minh'alma

Por todos os lados
coisas fora do lugar
anseios, receios
sentimentos a pujar
incômodo aos olhos
incômodo ao coração
aperto de minh'alma.
Teia, poeira e um calor que me incendeia.

por Alessandra Constantino

quinta-feira, 14 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

121 anos de aboliçao da escravatura




A abolição da escravatura no Brasil estará completando neste próximo dia 13 de Maio, 121 anos. Essa seria uma data para todos os negros e descendentes se orgulharem, mas infelizmente só tem motivos para lamentarem. Porque, após todo este tempo continuam sofrendo com o preconceito racial, com a desigualdade social, com a escravidão mascarada, com a indiferença...
Como se não bastasse todos os problemas que enfrentam na sociedade, no ambiente de trabalho, ainda enfrentam ver a imagem do negro sendo achincalhadas em programas de entretenimento; onde ainda são mostrados como domésticos, bêbados, vagabundos, trapaceiros, dentre outros.
Até cheguei a acreditar que a Rede Globo estava interessada em lutar com as questões desse pré conceito do negro submisso em suas novelas. Já que, a cada dia que passa, os atores negros estão aparecendo mais na telinha... Ledo engano.
A emissora deu o papel de protagonista para atriz Tais Araújo na novela Da Cor do Pecado, que seria um grande passo para a igualdade. Pena que a personagem Preta passou toda a trama tentando provar que era uma mulher honesta, trabalhadora e digna.
Depois dessa demonstração de preconceito velado, a Rede Globo reforçou seu time e ativou uma cadeia que infelizmente não pára.
Na novela Cobras e Lagartos, o ator Lázaro Ramos que protagonizou a trama que passava às 19 horas, interpretava Foguinho, um típico vagabundo que conseguiu alcançar prestígio e ganhar dinheiro após um golpe apoderando-se de uma herança que não era dele (mais uma tentativa que poderia melhorar a imagem dos negros e que foi fracassada).
Outro personagem que contribuiu para o desembaraçar dessa cadeia injusta, foi o político corrupto que Milton Gonçalves interpretou em A Favorita como Romildo. Mesmo o ator sendo um negro respeitado por seu talento, prestígio e honestidade não o livrou de ter no seu currículo um papel para denegrir o negro em mais uma novela da emissora.
E nas tramas atuais podem ser visto claramente o preconceito disfarçado. Uma prova disso é a personagem Suzana, interpretada por Esther Dias, de Malhação que está vivendo um relacionamento com Osvaldo, vivido por Pablo Miranda que está num namoro por interesse de passar para a justiça e para as pessoas que o cercam, uma imagem de credibilidade.
E em Caras e Bocas a personagem Milena, interpretada por Sheron Menezes está cedendo aos encantos do galã Nicholas, vivido por Sérgio Marone, que não tem interesse nenhum em manter um relacionamento sério com uma negra filha de empregada doméstica; sua única intenção é usar e abusar da moça como um objeto.
Vamos dar um Basta a tudo isso!!!
O negro merece um pouco mais de respeito e ser tratado com dignidade na vida real e nas historias da teledramaturgia.

sábado, 9 de maio de 2009

O insustentável peso do ter.

Um dia desses li um artigo com o título “O insustentável peso do ter” que falava sobre como hoje as pessoas, de qualquer idade, se preocupam tanto em ter que nem sabem mais o que é ser.
Na verdade as pessoas perderam o verdadeiro sentido do ter.
Refletindo sobre este assunto fui até minha infância e comecei a lembrar das coisas que tive:
-uma família maravilhosa que com seu amor colaborou muito com a minha formação;
-o sossego de uma cidade onde eu, meus irmãos e meus amigos podíamos brincar na rua;
-um quintal enorme para correr, me esconder, fazer de cenário para muitas brincadeiras;
-boneca de pano feita pela minha avó, carrinho de rolemã feito pelo meu avô, pipa feita pelo meu pai;
-vizinhos os quais sabia o nome de todos;
-a ingenuidade de acreditar em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.
Tudo isto que tive contribuiu para eu ser uma pessoa boa, generosa, caridosa, amiga, companheira e acima de tudo feliz.
Vamos dar mais valores a outros “ter” para melhores pessoas conseguirmos “ser”