segunda-feira, 25 de maio de 2009

Soletrando

Faz muito tempo que frequento um salão de beleza e por causa da fidelidade acabei ganhando um pacote de tratamento facial que tinha incluso uma esfoliação. Para minha surpresa fiquei sabendo que isto não passava de uma pegadinha. Já sei, não entenderam nada não é? Vou explicar.Estava assistindo ao quadro Soletrando do programa Caldeirão do Huck e descobri que o pessoal queria cuidar da aparência de minha plantinha de estimação e não da minha. Não entendeu de novo? Vamos lá! No quadro foi dito que esfoliação siginifica separar em folhas. Como não tenho folhas logo percebi que caí no conto da esfoliação/exfoliação.




Esta foi apenas uma brincadeira para refletirmos um pouco sobre: "... a televisão me deixou burro, muito burro, demais (Titãs)".

A quem possa interessar:
- esfoliação: separar a casca de plantas por lâminas ou folhas
- exfoliação: desprendimento da pele sob a forma de escamas

http://tvglobo.caldeiraodohuck.globo.com/dicas-do-professor-2009/2009/05/23/soletrando-esclarece/

sábado, 23 de maio de 2009

Balada para um louco (Viva os loucos que inventaram o Amor)


Num dia desses ou, numa noite dessas
você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente,
por detrás de uma árvore, apareço eu!!!

Mescla rara de penúltimo mendigo
e primeiro astronauta a pôr os pés em vênus.
Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé,
as flôres da camisa desenhadas na própria pele
e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

Ah! ah! ah!

Você ri... você ri porquê só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
o semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro,
vem, vem, vamos passear. E assim meio dançando, quase voando
eu te ofereço uma bandeirinha e te digo:

Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
bailando ao meu redor, te chama: vem voar.

Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
...talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
e com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco, louco, louco!
Como um acróbata demente saltarei dentro do abismo do teu beijo
até sentir que enlouqueci teu coração, e de tão livre, chorarei.

Vem voar comigo querida minha,
entra na minha ilusão super-esporte,
vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.

Ah! Ah! Ah!

Do Vietnã nos aplaudem: Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança repetem a ciranda que eu já esqueci...
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.

Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar,
numa corrida louca o instante que passou,
em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ah! Ah! Ah! Ah!...

Viva! viva os loucos!!!
Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva! ...

(Moacir Franco)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por que o teatro?


Em 07 de abril comecei um novo curso de teatro e a primeira tarefa pedida foi responder, no mímo em 10 linhas, a pergunta "Por que o teatro?".

Quando eu tinha seis anos de idade participei do grupo de teatro de minha tia Yara, fazia parte do coro na peça “Os Saltimbancos”.
Foram quase quatro anos de palco, todos os Sábados e Domingos.
Esse foi meu primeiro contato com com o teatro, em cima do palco, sob as luzes da ribalta.
Com isso descobri o quanto gosto de me exibir, de saber que as pessoas estão me observando... me olhando.
Adoro poder ser várias pessoas/persona, tentando convencer o público disso.
Soma-se a tudo isto o grande desafio em lidar com nossas melhores, e piores, emoções e com aquelas pelas quais nem passamos.
Por fim, ainda existe a grande emoção de ver as cortinas se abrindo nos mostrando para nossa platéia.

sábado, 16 de maio de 2009

Bagunça de minh'alma

Por todos os lados
coisas fora do lugar
anseios, receios
sentimentos a pujar
incômodo aos olhos
incômodo ao coração
aperto de minh'alma.
Teia, poeira e um calor que me incendeia.

por Alessandra Constantino

quinta-feira, 14 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

121 anos de aboliçao da escravatura




A abolição da escravatura no Brasil estará completando neste próximo dia 13 de Maio, 121 anos. Essa seria uma data para todos os negros e descendentes se orgulharem, mas infelizmente só tem motivos para lamentarem. Porque, após todo este tempo continuam sofrendo com o preconceito racial, com a desigualdade social, com a escravidão mascarada, com a indiferença...
Como se não bastasse todos os problemas que enfrentam na sociedade, no ambiente de trabalho, ainda enfrentam ver a imagem do negro sendo achincalhadas em programas de entretenimento; onde ainda são mostrados como domésticos, bêbados, vagabundos, trapaceiros, dentre outros.
Até cheguei a acreditar que a Rede Globo estava interessada em lutar com as questões desse pré conceito do negro submisso em suas novelas. Já que, a cada dia que passa, os atores negros estão aparecendo mais na telinha... Ledo engano.
A emissora deu o papel de protagonista para atriz Tais Araújo na novela Da Cor do Pecado, que seria um grande passo para a igualdade. Pena que a personagem Preta passou toda a trama tentando provar que era uma mulher honesta, trabalhadora e digna.
Depois dessa demonstração de preconceito velado, a Rede Globo reforçou seu time e ativou uma cadeia que infelizmente não pára.
Na novela Cobras e Lagartos, o ator Lázaro Ramos que protagonizou a trama que passava às 19 horas, interpretava Foguinho, um típico vagabundo que conseguiu alcançar prestígio e ganhar dinheiro após um golpe apoderando-se de uma herança que não era dele (mais uma tentativa que poderia melhorar a imagem dos negros e que foi fracassada).
Outro personagem que contribuiu para o desembaraçar dessa cadeia injusta, foi o político corrupto que Milton Gonçalves interpretou em A Favorita como Romildo. Mesmo o ator sendo um negro respeitado por seu talento, prestígio e honestidade não o livrou de ter no seu currículo um papel para denegrir o negro em mais uma novela da emissora.
E nas tramas atuais podem ser visto claramente o preconceito disfarçado. Uma prova disso é a personagem Suzana, interpretada por Esther Dias, de Malhação que está vivendo um relacionamento com Osvaldo, vivido por Pablo Miranda que está num namoro por interesse de passar para a justiça e para as pessoas que o cercam, uma imagem de credibilidade.
E em Caras e Bocas a personagem Milena, interpretada por Sheron Menezes está cedendo aos encantos do galã Nicholas, vivido por Sérgio Marone, que não tem interesse nenhum em manter um relacionamento sério com uma negra filha de empregada doméstica; sua única intenção é usar e abusar da moça como um objeto.
Vamos dar um Basta a tudo isso!!!
O negro merece um pouco mais de respeito e ser tratado com dignidade na vida real e nas historias da teledramaturgia.

sábado, 9 de maio de 2009

O insustentável peso do ter.

Um dia desses li um artigo com o título “O insustentável peso do ter” que falava sobre como hoje as pessoas, de qualquer idade, se preocupam tanto em ter que nem sabem mais o que é ser.
Na verdade as pessoas perderam o verdadeiro sentido do ter.
Refletindo sobre este assunto fui até minha infância e comecei a lembrar das coisas que tive:
-uma família maravilhosa que com seu amor colaborou muito com a minha formação;
-o sossego de uma cidade onde eu, meus irmãos e meus amigos podíamos brincar na rua;
-um quintal enorme para correr, me esconder, fazer de cenário para muitas brincadeiras;
-boneca de pano feita pela minha avó, carrinho de rolemã feito pelo meu avô, pipa feita pelo meu pai;
-vizinhos os quais sabia o nome de todos;
-a ingenuidade de acreditar em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.
Tudo isto que tive contribuiu para eu ser uma pessoa boa, generosa, caridosa, amiga, companheira e acima de tudo feliz.
Vamos dar mais valores a outros “ter” para melhores pessoas conseguirmos “ser”