sábado, 20 de fevereiro de 2010

Graças a Deus, tenho sede de você. Água é a melhor bebida.
O suco de laranja e o de manga merecem 100 pontos, assim
como um chope bem tirado no calor de fevereiro.
Um cappuccino antes de um filme de Woody Allen me leva a
Manhattan, mas nenhum desses líquidos mata a minha sede
feito a tua presença.
Existem vários tipos de sede. A paterna é indescrítivel, pois é o
apogeu do afeto incondicional, com a espécie humana podendo
exercitar o que tem de melhor por meio da entrega total e do zelo.
A espiritual, mesmo para quem duvida do Senhor, ajuda a
afastar as tentações (que não são poucas na vida).
A sede sexual, quando excessiva, pode matar ou levar ao psicanalista.
A cultural alimenta a alma e faz cócegas no intelecto.
A política, nós sabemos, pode corromper ou criar a
ilusão de eternidade no poder. A sede da onda perfeita faz o
surfista se aperfeiçoar e buscar os melhores picos do planeta.
A sede de ti tem um pouco de tudo que há na bondade.
Prossegue nas pequenas coisas do cotidiano, nas conversas cúmplices,
nas asas dos anjos que nos protegem, nos pulos
das gatas pelo apartamento, nos gritos das crianças
no playground, no sorriso bonito do teu filho, na fumaça que
espalhamos ao som de Matisyahu...
Você é um camarote confortável de Carnaval para o corpo se
agitar e um lugar calmo para o meu coração pousar na madrugada.
Um cais português de onde o navio parte e deixa
uma mãe saudosa, mas em paz, porque sabe que seu filho vai voltar.
Você é inspiração para uma nova canção de
Marisa, Carlinhos e Arnaldo.

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